top of page
Buscar

Como reconhecer se tenho TAB – Transtorno Afetivo Bipolar ?

  • camilanardi49
  • 10 de jun. de 2024
  • 3 min de leitura
A palavra bipolar hoje é normalmente utilizada para definir pessoas que são instáveis e
mudam de humor ou de idéia rapidamente, ou seja, “está na moda dizer: Fulano é Bipolar”, quem nunca ouviu alguém dizer isso ou mesmo já disse? 

ree

Porém, quem realmente tem esse diagnóstico sofre de algo muito mais sério, um transtorno cheio de altos e baixos e que pode provocar efeitos muito negativos na vida da pessoa. Muito confundido com alterações de humor e de estado de espírito, as alterações de humor e de comportamento causadas pelo TAB são marcantes e provocam consequências no cotidiano e no viver da pessoa afetada.  
Segundo o DSM VI, o transtorno bipolar é marcado principalmente pela alternância entre fases de depressão, mania e hipomania.

Entenda cada uma dessas fases: 

Na fase da Depressão: os sintomas incluem tristeza, apatia, desinteresse por atividades que antes eram prazerosas, alterações no sono e no apetite, dificuldade de concentração, cansaço, entre outros. Estes sinais podem ser confundidos com os de uma depressão comum. Por isso, é importante diferenciá-los e por isso o diagnóstico não é feito de forma rápida.  Além disso, a prática clinica mostra que a depressão no transtorno bipolar também costuma vir acompanhada de muita ansiedade, irritabilidade e agitação psicomotora, além de histórico de início ainda na juventude, acompanhado de um antecedente familiar de bipolaridade e histórico de episódios que começam rapidamente e duram até seis meses, diferente da depressão comum, que pode durar um ano ou mais.. 
 
Mania: A fase maníaca, ou de euforia, é caracterizada por comportamentos extrovertidos: a pessoa fala muito, tem muitas ideias, fica muito ativa, com muita energia, diferente da sua personalidade. Fica agitada e pode ter comportamentos compulsivos. Pode ter comportamentos dos quais depois de arrepende, como falar muitas verdades para quem antes não falaria, fazer compras de forma exagerada, ter pensamentos acelerados e de vários temas ao mesmo tempo, se envolver em relacionamentos amorosos e sentir que não precisar dormir. Em alguns casos, essa expansão de humor pode vir também acompanhada de irritabilidade, agressividade e atitudes impulsivas.  
 
Hipomania
Quando o quadro de exaltação do humor é mais ameno, ou seja, os sintomas ocorrem de maneira mais sutil, é chamado de hipomania. Nesses casos, as pessoas ao redor podem não notar que a pessoa está mais acelerada. Pelo contrário, acreditam que ela está bem, alegre 

Histórico familiar
Apesar de não haver uma causa bem estabelecida, uma série de fatores, combinados, pode estar envolvida no surgimento da doença. Um deles é o fator genético: entre os transtornos mentais, o bipolar é o que tem maior carga genética. Ou seja, quem tem casos de bipolaridade na família tem maior risco de desenvolver o transtorno. 


E a pessoa tem esse diagnóstico, consegue identificar?
Geralmente, no auge da crise de mania ou hipomania, a pessoa não tem consciência de que aquilo é algo patológico. “Ao contrário, ela pode se sentir muito bem, como nunca se sentiu antes, e ela vai ficar muito brava se alguém disser que ela não está bem, que ela precisa de um psiquiatra.” 
Só depois de muitas idas e vindas, altos e baixos e períodos de depressão seguidos por períodos de exaltação – e quando a expansão do humor causa consequências graves para a pessoa – é que ela passa a entender que tem um problema e precisa de ajuda profissional. Segundo dr Neury Botega o mesmo com o tratamento psiquiátrico pode levar de 5 a 10 anos para que o diagnóstico seja firmado e o tratamento adequado, iniciado, segundo estatísticas dos Estados Unidos. “E demora exatamente por isso: até a pessoa ir procurar ajuda, ela já passou por muitas fases dessa alteração patológica do humor”, informao psiquiatra.
Por isso, também é importante que a família e as pessoas próximas consigam identificar os possíveis sinais da doença para ajudar na conscientização do paciente, como vamos explicar mais abaixo.  
Onde buscar ajuda
Quando a pessoa conseguir – muitas vezes com a ajuda de familiares – identificar os sintomas e perceber que as alterações no humor não são normais, é necessário consultar um médico psiquiartra e iniciar psicoterapia, as duas modalidades de atendimento são ferramentas cruciais para que o tratamento seja efetivo e o sofrimento diminua e a pessoa consiga identificar suas oscilações de humor e impacto na qualidade de vida e nas relações.

Gostou do Conteúdo?
Quer saber mais?
Agende sua consulta aqui.
 
 
bottom of page